quarta-feira, 25 de maio de 2011

Seu Animal Vai Ficar Velhinho

Tem coisa mais fofa e especial do que resgatar um lindo filhote, seja de cão ou gato, que estava abandonado, ou mesmo comprar um?
Várias pessoas se vangloriam do momento em que acolheram o bichinho, mas se esquecem de muitas coisas: Que eles dão gasto com alimentação, veterinário, produtos de loja veterinária, se esquecem que eles não sabem quais as nossas regras - principalmente se a gente não os educar - mas isso já é outro assunto.
Supondo que a pessoa supere todos os problemas inciais que supostamente um bichinho causa, ninguém nunca pensa que os anos passam rápido e o animal é considerado velho a partir dos 7,8 anos.
Os anos caninos não se calculam somando cada ano do animal a 7 anos nossos, isso varia do tamanho do cão, os de porte menor vivem mais que os de porte maior, sendo que os pequenos podem chegar até a 18, 20 anos.
Os gatos, sendo caseiros, castrados, bem cuidados, com controle da obesidade, vivem em torno disso também.
Porém, a partir dos 8 anos, que, como disse, o cão e o gato já são considerados velhos (por mais que pareçam muito saudáveis) a rotina deles deve ser mudada, em primeiro lugar, ele deve comer uma ração especial para cães maduros, onde seus ossos, articulações, rins e fígado devem ser preservados com mais carinho.
Os exercícios devem ser diminuídos, de acordo com o ritmo do animal. Se ele quer caminhar 1 quarteirão apenas, respeite e caminhe apenas o que ele quer caminhar, não force (imagina você empurrando seu avozinho ladeira acima porque acha que ele precisa caminhar) deixe o animal viver de acordo com o pique que ele tem.
A parte de doenças da velhice eu vou deixar para outro post. Hoje quero falar apenas da parte "sentimental" da senilidade animal.
Nem todas aquelas pessoas que se deslumbraram com a chegada do filhotinho vão continuar felizes com seu cão/gato idoso e com limitações vindas com a idade. Muitos são abandonados, mesmo que não na rua, em casa. Ele não é mais o orgulho da família, algum novo animalzinho já foi inserido e ele fica apenas ali, esquecido.

Meus animais estão velhos. Tenho 28 anos, adotei meu primeiro gato aos 14, portanto passei metade da minha vida tendo ele comigo. Meus outros gatos não são tão mais jovens que o Lupy.
Minha cachorra é grande e está com 8 anos, e é quem eu noto que está mais baqueada pela idade. Não a vejo mais correndo feliz como antes, vejo apenas sua alegria discreta num abano preguiçoso do rabo.
Ela não corre mais pela casa toda, enlouquecendo a todos com sua agitação típica de labrador.
Hanna já tem a face branca, não tem mais o hálito de filhote, não tem o cheirinho gostoso que sempre teve. As pessoas chegam em casa e logo criticam o cheiro dela, os problemas que foram surgindo com a idade.
Ela ainda é a coisa mais importante e especial que tenho, e sinto um medo as vezes doentio de perdê-la, talvez por saber como veterinária dos riscos que ela corre. Por algum tempo deixei ela de lado, meio que tentando me acostumar com uma ausência que vai ocorrer um dia, não dando devida atenção e o carinho que ela merece.
 Não adianta fazer isso, foi bobagem minha, eu jamais vou estar preparada para perder a Hanna e duvido que qualquer leitor desse blog esteja ou estava preparado para perder qualquer um de seus animais.

Sei que entrei demais na minha história, mas apenas queria deixar a mensagem, cuide do seu animalzinho até o fim da vida dele, aproveite cada momento, cada dia, cada abraço, lambida, cada segundo de amor incondicional que só eles sabem nos dar.

Adotar é um ato de amor, cuidar do seu animal até o fim da vida dele, é obrigação.
Pense em tudo antes de adotar.
Posse responsável, nunca se esqueçam.

Beijos e abraços carinhosos a todos que me mandam comentários e e-mails pedindo conselhos, compartilhando suas histórias (e sempre me fazendo chorar rs) agradeço do fundo do meu coração a credibilidade que vocês depositaram em mim. OBRIGADA!

6 comentários:

  1. Raquel, seu post de hoje foi escrito especialmente prá mim! Meu Pita se foi na segunda-feira, em meus braços, não chorou, não gritou, apenas partiu.
    Apesar de estar cuidando dele há pouco tempo, não estava preparada para a perda, como você disse, nunca estamos.
    Obrigada, querida, por suas palavras e por compartilhar um pouco de sua vida conosco.
    Beijos,
    Lis

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  2. Que pena que ele se foi, que bom que teve uma morte tranquila...tive a inspiração pra esse post do nada, quem sabe foi uma inspiração vinda aí de longe? :)
    Nunca, nunca estamos, mas nós que amamos animais estamos aqui para compartilhar nosso amor com a chegada dos bichinhos, e nossa dor com as perdas, recebo muitos e-mails de pessoas contando sobre perdas e tento mandar energias de conforto para elas.
    Que Deus conforte seu coração e seu Pita esteja em algum lugar melhor que aqui =)
    Beijos

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  3. perfeita combinação do sentimento com a razão... eu tento estar sempre preparada pra fazer tudo que for possivel e impossivel por eles, e mesmo assim,,, nunca é facil, mas a tristeza é sempre maior qdo junto dela vem a sensação de que eu negligenciei qualquer coisa pra eles, o caso da maggie q vc sabe...
    nunca na vida ninguem vai me convencer q nao foi culpa minha.
    eles são só tudo...

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  4. Eu tenho uma cadela chamada Mel, ela já tem 6 anos..e não tem a mesma saúde que tinha, chorei lendo esse post. Eu choro só de imaginar o dia em que ela vai partir. eu amo muito ela, e cuido dela com o mesmo entusiasmo de quando ela filhote , ela cresceu mas parece que não amadureceu é cheia de brincadeiras e apronta todas. Sei que vou sentir muito a falta dela.
    Posso imaginar seu sentimento quando a Hanna pois eu sinto a mesma coisa..

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  5. Bonito o que vc escreveu... Acredito que o mais importante na vida de um pet é ficar ao lado deles tb no sofrimento. Imagine? Eles adoram a nossa companhia...e na hora que eles mais precisam nós vamos deixá-los sós? Claro que não!

    Bjs!

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  6. Adorei o seu post. Tenho 2 cães e 2 gatas, sendo que o meu caçula é o labrador Barum que vai fazer 12 anos no mês que vem ! Uma cadela srd que adotei adulta em 2000 e as gatas são mãe e filha de 14 e 12 anos. Ninguém acredita quando eu digo as idades deles, principalmente do Barum que apesar de ter pelos brancos pelo focinho (ele é preto) age como um garotão ainda.
    Tenho medo dos próximos anos, mas tento fazer com que tenham uma vida bem tranquila. Não os trocaria nunca por filhotes !
    Beijos
    Laís

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