sábado, 28 de maio de 2011

Pit Bulls: A História de um Vilão Inocente



Existe uma crença, divulgada erroneamente de que a raça Pit Bull foi criada e desenvolvida em laboratório, o que na realidade não passa de uma crendice. Pois os cachorros da raça Pit Bull, são descendentes de raças de grande porte, conhecidas como Molossos, que eram preparadas e condicionados, para atuarem nas batalhas das guerras em que participavam os exercitos do Imperio Romano. E após a queda de Roma, os cachorros descendentes destas raças, ficaram concentrados em sua maioria na região da Bretanha, atual Inglaterra.
E séculos depois, seus descendentes, viriam a constituir e formar a raça do antigo Buldogue Inglês, que devido ao seu porte e ferocidade, foram muito utilizados em combates com touros (bull baiting). Porem, como a Corte Inglesa, acabou por proibir este tipo de combate (bull baiting), fato este que veio a ocasionar posteriormente, o inicio da pratica da luta direta entre cachorros, as famosas e populares rinhas. Porem como o Buldogue Inglês, apresentava uma estrutura muito robusta, mas com pouca agilidade, o antigo Buldogue Inglês, já não era o cachorro ideal para este novo tipo de combate.
Devido a isto, os criadores com o proposito de aprimorarem a raça, cruzaram o Buldogue Inglês com os Terriers, com o intuito de lhe dar mais agilidade e rapidez, originando assim o Bull-and-Terrier. Que foi levado posteriormente para os Estados Unidos durante o século 19, onde veio a receber o nome de American Pit Bull Terrier. E durante todo o período em que foram utilizados em combates, ao longo dos anos, a seleção da raça dos Pit Bull, privilegiou sempre cachorros com temperamento agressivo, principalmente com relação aos outros cachorros, visando objetivamente acirrar a sua agressividade durante os combates.
Entretanto, esses mesmos cachorros, que foram treinados e condicionados, para serem extremamentes agressivos com outros cachorros, não o eram com as pessoas, principalmente com seus treinadores e responsáveis, pois mesmo durante o calor de um combate acirradissimo, quando havia necessidade, o próprio juiz, que nem convivia com os Pit Bulls, como o seu treinadores ou donos, apartava os Pit-Bulls durante os combates, com as suas próprias mãos. Ou seja, o Pit Bull é uma raça que realmente tem grande dificuldade e aversão em se relacionar com outros cachorros, porem sua relação para com as pessoas, principalmente com o seu dono e familiares, é bastante harmoniosa e tranquila.
Sendo bem diferente, do que muitas pessoas sem o menor conhecimento, leigas, ignorantes e precipitadas propagam. Pois a chance de haver um acidente com o Pit Bull, principalmente com as pessoas com que ele convive, inclusive crianças, são as mesmas das que qualquer outro cachorro de seu porte, como Dálmatas, Boxers, ou Labradores. Pois o Pit Bull absolutamente, não é este cachorro assassino como se intitula e apregoa, e se observarmos as ocorrências de acidentes envolvendo Pit Bulls, veremos que pelas estatísticas são poucas, quando comparadas com outras raças.
Entretanto como estas raças não tem a má fama, que é atribuida injustamente aos Pit Bulls, os acidentes ocorridos com elas são ignorados, entretanto quando o acidente ocorre com um Pit Bull, logo vira manchete. E quando na verdade, quem faz o cachorro, é o seu proprio responsável, pois nas mãos de um proprietario irresponsável e com índole violenta, inclusive até mesmo um cachorro de uma raça considerada tranquila e inofensiva como um Golden Retrivier, pode se tornar uma fera perigosa. Pois o Pit-Bull, sendo criado, orientado e educado de uma maneira tranquila e equilibrada, e sem se incitar ou se condicionar agressividade ou violência ao mesmo. Com toda certeza, será um otimo companheiro, tranquilo, amigo e fiel, e proporciona-ra muitas alegrias ao seu dono e a seus familiares.
 fonte: aqui

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Seu Animal Vai Ficar Velhinho

Tem coisa mais fofa e especial do que resgatar um lindo filhote, seja de cão ou gato, que estava abandonado, ou mesmo comprar um?
Várias pessoas se vangloriam do momento em que acolheram o bichinho, mas se esquecem de muitas coisas: Que eles dão gasto com alimentação, veterinário, produtos de loja veterinária, se esquecem que eles não sabem quais as nossas regras - principalmente se a gente não os educar - mas isso já é outro assunto.
Supondo que a pessoa supere todos os problemas inciais que supostamente um bichinho causa, ninguém nunca pensa que os anos passam rápido e o animal é considerado velho a partir dos 7,8 anos.
Os anos caninos não se calculam somando cada ano do animal a 7 anos nossos, isso varia do tamanho do cão, os de porte menor vivem mais que os de porte maior, sendo que os pequenos podem chegar até a 18, 20 anos.
Os gatos, sendo caseiros, castrados, bem cuidados, com controle da obesidade, vivem em torno disso também.
Porém, a partir dos 8 anos, que, como disse, o cão e o gato já são considerados velhos (por mais que pareçam muito saudáveis) a rotina deles deve ser mudada, em primeiro lugar, ele deve comer uma ração especial para cães maduros, onde seus ossos, articulações, rins e fígado devem ser preservados com mais carinho.
Os exercícios devem ser diminuídos, de acordo com o ritmo do animal. Se ele quer caminhar 1 quarteirão apenas, respeite e caminhe apenas o que ele quer caminhar, não force (imagina você empurrando seu avozinho ladeira acima porque acha que ele precisa caminhar) deixe o animal viver de acordo com o pique que ele tem.
A parte de doenças da velhice eu vou deixar para outro post. Hoje quero falar apenas da parte "sentimental" da senilidade animal.
Nem todas aquelas pessoas que se deslumbraram com a chegada do filhotinho vão continuar felizes com seu cão/gato idoso e com limitações vindas com a idade. Muitos são abandonados, mesmo que não na rua, em casa. Ele não é mais o orgulho da família, algum novo animalzinho já foi inserido e ele fica apenas ali, esquecido.

Meus animais estão velhos. Tenho 28 anos, adotei meu primeiro gato aos 14, portanto passei metade da minha vida tendo ele comigo. Meus outros gatos não são tão mais jovens que o Lupy.
Minha cachorra é grande e está com 8 anos, e é quem eu noto que está mais baqueada pela idade. Não a vejo mais correndo feliz como antes, vejo apenas sua alegria discreta num abano preguiçoso do rabo.
Ela não corre mais pela casa toda, enlouquecendo a todos com sua agitação típica de labrador.
Hanna já tem a face branca, não tem mais o hálito de filhote, não tem o cheirinho gostoso que sempre teve. As pessoas chegam em casa e logo criticam o cheiro dela, os problemas que foram surgindo com a idade.
Ela ainda é a coisa mais importante e especial que tenho, e sinto um medo as vezes doentio de perdê-la, talvez por saber como veterinária dos riscos que ela corre. Por algum tempo deixei ela de lado, meio que tentando me acostumar com uma ausência que vai ocorrer um dia, não dando devida atenção e o carinho que ela merece.
 Não adianta fazer isso, foi bobagem minha, eu jamais vou estar preparada para perder a Hanna e duvido que qualquer leitor desse blog esteja ou estava preparado para perder qualquer um de seus animais.

Sei que entrei demais na minha história, mas apenas queria deixar a mensagem, cuide do seu animalzinho até o fim da vida dele, aproveite cada momento, cada dia, cada abraço, lambida, cada segundo de amor incondicional que só eles sabem nos dar.

Adotar é um ato de amor, cuidar do seu animal até o fim da vida dele, é obrigação.
Pense em tudo antes de adotar.
Posse responsável, nunca se esqueçam.

Beijos e abraços carinhosos a todos que me mandam comentários e e-mails pedindo conselhos, compartilhando suas histórias (e sempre me fazendo chorar rs) agradeço do fundo do meu coração a credibilidade que vocês depositaram em mim. OBRIGADA!

domingo, 22 de maio de 2011

Assassinato de Animais em Ribeirão Preto

Uma vergonha nacional, minha cidade (Ribeirão Preto) foi destaque em alguns jornais importantes como Jornal Hoje, com uma notícia horrorosa dessas.
Uma sociedade felina, formada em um dos pontos turísticos de Ribeirão Preto - São Paulo, o morro do São Bento, onde ocorre eventos culturais, foi surgindo por culpa de pessoas imprudentes que abandonam seus gatos lá.
Na hora de castrar ninguém quer, mas a hora que a gata está com filhotes, todos são abandonados a propria sorte, e como uma sociedade organizada (a dos gatos obviamente, não a nossa) eles aprenderam a conviver entre eles e em harmonia com os seres humanos que lá passavam, sendo carinhosos com os que os visitavam.
Até esse momento, tínhamos apenas o problema do controle populacional felino, que poderia ser controlado com castrações e fiscalização para que não tivessem novos abandonos.
Acontece que, algum infeliz colocou veneno de rato, mais conhecido como chumbinho, na ração (que era dada por vários simpatizantes dos animais) ou em bolas de carne e forneceu aos animais, levando até onde fiquei sabendo 43 animais a óbito, sendo 1 cão, 3 gambás e 39 gatos.

No dia 15 de maio, fizemos um protesto silencioso, simbolizando uma missa de 7º dia, "7 dias para quem não teve 7 vidas" onde a comoção foi coletiva e as palavras muito bem colocadas pelos representantes das ONG's.

"Na primeira semana de maio de 2011, mais de 40 animais que viviam no morro do São Bento, entre gatos, cães e animais silvestres, foram assassinados por envenenamento.
Parte da responsabilidade disso é da prefeitura que em 2006 acordou com a AVA de colocar vigilância no local, para evitar o abandono desses inocentes pelos donos irresponsáveis, pois o lugar era ponto de referência para isso
Os outros principais responsáveis por essa chacina, são exatamente os donos q abandonaram esses inocentes lá, por não terem castrado seus animais"

"Altar feito em homenagem aos animais mortos"

"Sempre choro quando vejo essa imagem..."


"vamos fazer essa lei funcionar?"


Quero parabenizar as ONG's Cãopaixão, AVA e Murilo Pretinho pela iniciativa, e que depois desse absurdo todo ocorra a fiscalização contra o abandono, campanhas de castração e controle da venda de chumbinho.

Que Deus proteja essas almas que nem puderam se defender de tamanho absurdo e essa morte cruel.

sábado, 14 de maio de 2011

Eutanásia em Cães e Gatos





A eutanásia é permitida por lei e pela ética veterinária, desde que este seja o desejo do proprietário e feita por um médico veterinário.
A maneira correta de ser feita é aplicando uma injeção de anestesia (de preferência uma dose muito alta, para garantir que não haverá dor) algumas vezes o animal morre já na anestesia. Quando não acontece, é feita uma segunda injeção que paralisa o coração.
Mas, isso é apenas a informação técnica, quem costuma ler meus posts sabe que eu não me prendo a textos técnicos, e sim procuro fazer textos para realmente orientar pessoas que amam animais, assim como eu amo.
Bom, eu já fiz eutanásia uma  vez, de uma cadelinha que eu atendi durante alguns meses, mas que tinha câncer na coluna e foi tendo várias complicações. A eutanásia foi uma experiência horrível e eu jurei pra mim mesma que jamais faria de novo, por dinheiro algum.
Isso não significa que eu seja contra, tem casos em que o bichinho sente muita dor, não consegue mais andar, defecar, urinar, comer, beber água, e acho até crueldade e egoísmo deixar o bicho viver nessas condições.

A eutanásia é indicada em que situações? - Quando o animal não tem mais qualidade de vida, está na situação que eu citei acima,
- Quando a doença que ele tem é irreversível, incurável, sem a menor chance de melhora e degenerativa, quando vai ficando cada vez pior e sofrendo mais.

Existem veterinários que sugerem eutanásia sem ao menos tentar um tratamento. Meu conselho é que sempre consulte outros veterinários para ter certeza de que a eutanásia é realmente necessária, sempre faça os exames pedidos para a certeza do diagnóstico. Não seja precipitado.
Por outro lado, não deixe seu bichinho sofrendo, apenas por não querer perdê-lo. Isso é muito mais cruel do que a eutanásia, que é uma morte sem dor.
Não acredite em prazos de vida, animais são seres vivos e nenhum veterinário tem bola de cristal, então não se prenda a "prazos de validade" dado por alguns profissionais. A morte é algo que não podemos prever, apenas conduzir para que ocorra com o mínimo possível de sofrimento.

Claro que precisamos citar os proprietários que querem fazer eutanásia porque o cachorro tem carrapato, porque tem alguma deformidade, alguma coisa simples e curável. Qualquer veterinário ético coloca esse tipo de gente pra correr do consultório.
Eutanásia não é e nunca vai ser brincadeira, adotar um animal não é brincadeira, a partir do momento em que ocorre o comprometimento da adoção, a pessoa deve estar ciente de que deve arcar com custos, com possíveis tratamentos e trabalho para cuidar do seu bicho.
Animal, sendo ele de rua ou não, não é uma roupa velha, que quando a gente cansa, doa pra alguém, abandona, quando fica velho, joga fora.
Animal é vida, e deve receber de volta todo o amor incondicional que eles nos dá.


Obrigada a todos que me mandam e-mails confiando em meus conselhos, aos que sugerem posts e que me dão forças para escreve-los. Esse foi sem dúvidas o mais difícil de sair, enrolei com ele por meses e nunca conseguia sair do primeiro parágrafo. Hoje foi. Espero que gostem. Beijos, Raquel.
raquel.catena@gmail.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ah, se eu tivesse castrado antes...

Olá, gente...
Eu sei que eu falo horrores aqui sobre castração, por milhões e milhões de motivos, como já descritos em posts anteriores.
Acontece que, mesmo eu falando e tentando conscientizar as pessoas, acabei cometendo o erro de não castrar a minha cadela Hanna, de quase 8 anos de idade. A decisão não cabia apenas a mim, pois ainda estudava e não tinha (e nem tenho ainda) dinheiro pra essa cirurgia.
Então, vou usar o meu exemplo, o meu erro, pra instruir vocês e orientar, já que pode acontecer com qualquer um.
Minha Hanna estava tristinha, meio desanimada (ela é super agitada) e parecia ter dificuldade em subir e descer dos lugares, além de não querer mais comer a ração. Logo pensei em doença do carrapato, já que é super comum aqui na minha cidade e ela teve uns carrapatinhos a um tempo atrás.
Mas, algo me dizia que era coisa mais séria, fiquei desesperada sem mesmo ter feito um exame.
No dia seguinte já marquei exames de sangue pra ela, onde a parte de plaquetas (que detecta a doença do carrapato) estava normal, mas em compensação os leucócitos estavam altíssimos, entrei em desespero e logo pensei em infecção uterina, marquei ultrassonografia e meu diagnóstico foi confirmado. Fiquei arrasada, preocupadíssima.
Corri ligar para colegas para tentar marcar a cirurgia, felizmente consegui para o dia seguinte cedinho, passei a noite em claro.
Durante a anestesia correu tudo bem, o útero dela estava com um acúmulo de pus um pouco maior do que previsto no ultra-som, talvez tenha acumulado mais durante a noite, sendo um pouco mais complicada a cirurgia do que prevíamos.
Foi feita anestesia inalatória, eu previa que ela acordaria logo, quando a vi tão tristinha, dormindo e com dor, fiquei muito desesperada...tive que sair de casa pra trabalhar e foi muito agoniante, quando voltei pra casa levei soro e medicações mais fortes pra dor, além dos antibióticos. Isso a deixou melhorzinha, pro meu alívio.
Ela agora está se sentindo melhor, consegue comer algumas coisas (ração em pasta e uma dieta especial que eu preparei pra ela) e está sem sinal de dor.

Fiz esse post no intuito de alertar as pessoas novamente a respeito da castração, pois se ela tivesse sido castrada mais jovem, ela não teria que fazer essa cirurgia de emergência, correndo o risco de morrer. Não desejo a ninguém o sofrimento dela e o meu sofrimento com medo de perdê-la.
A evolução da piometra (infecção/acúmulo de pus no utero) é muito rápida, e se não detectada e tratada a tempo, o animal morre. Requer muitos cuidados pós-cirúrgicos e causa muita dor na cadela.
Além da castração ser uma forma de controle populacional canino  é também uma forma de evitar doenças graves como a piometra e tumores mamários.
Caso você queira cruzar seu cão, cruze e depois o castre, não cometa o mesmo erro que cometi.
Ficou essa lição pra mim, nunca mais quero fazer um animal meu sofrer e vou cada vez mais tentar reforçar essa idéia para as pessoas.


Olha a carinha da minha princesa depois da cirurgia, tristinha, cansada e com dor, não deixe seu animal passar por isso.

Castração não é maldade, é prova de amor!

Abraços a todos, e mandem energias positivas pra minha filhota, serei muito grata! =)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Toxoplasmose - Globo e Seu Serviço de Desinformação Pública

No dia 04/04/11, a personagem de Camila Pitanga na novela das 21h Insensato Coração da Rede Globo, protagoniza uma cena, no mínimo, Insensata e que certamente já deve estar contribuindo para inúmeros abandonos de gatos.

Na cena (pode ser conferida aqui http://www.youtube.com/watch?v=VdU-ZyNDvQ4 ), apareceu uma gatinha tricolor em cima do capô do carro da atriz Camila Pitanga!

Carol (personagem de Camila Pitanga) se vira para Claudinha e diz: - Nossa que fofo! Olha Claudinha! Pera lá, eu não posso pegar não. Pega para mim Claudinha! Como é que a gente vai sair de carro.
Claudinha fala: - Por que? Vc adora gatos!
Carol (personagem de Camila Pitanga) diz: - Eu adoro, mas eu não posso! Eu não posso nem chegar perto. A Sonia disse... Eu corro risco de pegar toxoplasmose. É perigoso! Vai... Pega com jeitinho! Ai que amor!!!

Depois dessa cena, aparece André (personagem de Lazaro Ramos) olhando um site.
O William (personagem de Leonardo Carvalho) entra e pergunta : - O que vc tá vendo ai que está tão concentrado assim?
É que eu ouvi a Carol dizer hoje que não podia pegar um gato porque senão ela podia pegar toxoplasmose, eu tô querendo saber mais!

Temos que nos unir e pedir uma retratação dessa informação junto ao telespectador!!
Vamos ser a voz dos milhares de gatinhos que poderão sofrer as conseqüências da irresponsabilidade de um autor desinformado!
A novela Insensato Coração é Escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares e com direção de Dennis Carvalho.

Fale com a Globo: http://falecomaredeglobo.globo.com/
Tel da Globo: 11- 40022884
 




terça-feira, 15 de março de 2011

Anticoncepcionais em Cadelas e Gatas - PERIGO!

Oi, gente! Me perdoem pela ausência, mas nesse meio tempo muita coisa aconteceu, mas o principal foi a falta de inspiração mesmo. Sugestões de posts são sempre bem vindas.
Hoje o assunto é bem sério. Por isso a imagem de alerta logo no início do post.
Eu já falei sobre cio de cadelas e cio de gatas nesses posts.
O cio nem sempre é algo agradável e desejado pelo dono, então algumas pessoas tentam evitar o cio usando anticoncepcionais facilmente encontrados em pet shops e até mesmo muitas vezes prescrito por veterinários (infelizmente...).
Mas, eu acho fundamental alertar sobre os riscos desses produtos.
Os anticoncepcionais são encontrados sob a forma de comprimidos ou injeções, e tendem a retardar ou suprimir a fase de aceitação sexual dos animais além de incômodos como o sangramento das cadelas.
Existe uma fase certa do ciclo do animal para se aplicar o anticoncepcional.  Na cadela, é mais fácil identificar essa fase, mas, na gata, por ser um animal que apresenta vários cios por ano, é bem mais complicado. As pessoas aplicam a medicação sem saber o período certo, o que pode acabar ocasionando mais problemas. Muitos aplicam a medicação quando o animal já está no cio o que é extremamente prejudicial para a saúde das fêmeas. Além disso, é muito comum gatas prenhas receberem a medicação por seus donos não saberem que elas estão gestantes. Na totalidade dos casos, os fetos irão morrer e ficar retidos no útero até que ocorra uma grande infecção colocando a vida da gata em perigo.
O uso de anticoncepcionais é um dos principais causadores de aparecimento de tumores de mama, infecções uterinas e tumores uterinos e de ovário, além de predisporem a doenças endócrinas, como o hiperadrenocorticismo, e promoverem resistência insulínica, provocando o surgimento da diabetes mellitus. Também pode ser observada falha, ausência ou descoloração do pelo no local da aplicação.
A infecção uterina é uma emergência e coloca a vida do animal em grande risco, e a única forma de tratamento é a cirurgia. As complicações dessa infecção uterina (piometra) podem incluir septicemia (infecção generalizada), insuficiência renal e pode levar a morte.
Na imagem, o útero de uma gata com piometra por uso de anticoncepcional. (O útero normal de uma gata tem aproximadamente a espessura de um dedo mindinho).

Outra grave complicação são as neoplasias mamárias, que geralmente são malignas e requer tratamento cirúrgico bastante invasivo e em alguns casos tratamento quimioterápico.

Muitas pessoas optam pelo uso de anticoncepcionais pelo baixo custo, mas, como sempre digo aqui, o barato sai caro, e neste caso especificamente, pode causar a perda do seu animal.

Como sempre, o recomendado é a castração, já falei bastante dela aqui no blog, sobre as vantagens, mas sempre tem pessoas que são contra e acabam fazendo opções errôneas.
Tem gente que acha errado castrar porque "judia"  e "mutila" o animal, mas não pensa nos filhotes quando os joga no rio ou abandonam na porta de alguém. Não pensam na mutilação e judiação quando é necessária uma cirurgia de remoção uterina emergencial por infecção ou numa mastectomia radical por tumor mamário.

De qualquer forma, castrar ou não é opção de cada um, mas uso de anticoncepcional é algo absurdo e inaceitável.
E não adianta comparar com o anticoncepcional humano, pois temos o ciclo menstrual e não o estral, ou seja, é totalmente diferente um medicamento do outro. (e muito menos dar anticoncepcional humano pra cadela, por favor!)

Bom, muita gente não sabe que anticoncepcional é prejudicial, então minha função como veterinária e defensora da causa animal é orientar. Agora vocês estão cientes, só espero que estejam conscientes também.

Abraços a todos ;)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gestantes, Bebês e Animais!

Realmente, a grande vilã da gravidez e os animais ainda é a toxoplasmose, que já falei sobre ela nesse post aqui.
Mas, não custa recordar; segundo o Dr. Luiz Carlos Garcia, a toxoplasmose pode ser uma doença grave em pessoas que não tenham uma resistência natural a ela, principalmente em gestantes, pois, pode levar à contaminação do feto, podendo até causar aborto, má formação e morte fetal. Portanto, uma mulher gestante deve sempre tomar os devidos cuidados para evitar o contagio com essa doença.
Mas quem possui animais de estimação em casa, inclusive gatos, pode ficar sossegado, pois eles não são uma importante fonte de transmissão dessa doença. O contagio da doença pelo contato direto, como tocar e acariciar o animal, é improvável, assim como por meio de mordidas ou arranhões.
Na verdade, as principais vias de contaminação são pela ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes ou a ingestão de carne crua ou mal cozida, contento cistos do parasita.

Em relação a cães, a vacina deve sempre estar em dia e a vermifugação também, tanto no período de gestação quanto na chegada do bebê.
Os cães podem se sentir enciumados com a chegada do bebê, então é importante que o animal conheça aquele ambiente novo (quarto do bebê) e seja apresentado ao "novo filhote".
Detalhes importantes:
  • Cães são animais sociais, que foram feitos para viverem em grupos. Para os cães, os bebês nada mais são do que “filhotes humanos”.  E os filhotes da matilha são sempre acolhidos e protegidos.
  • O bebê quando chega em casa fica dormindo 95% do tempo. Portanto fica em seu quarto, não afetando diretamente a rotina da casa.  Ele quase “não aparece”. Conforme este bebê for crescendo, sua participação na rotina doméstica vai aumentando gradativamente, o que fará com que o cão se acostume facilmente à presença do novo filhote.
    Dá pra ver que não é nenhum bicho de 7 cabeças!  A relação vai se estabelecendo lentamente, gradativamente, mas é fundamental que saibamos avaliar muito bem que tipo de cão temos em casa: 
  • Seu cão foi educado e é super sociável:
    não há o que temer.  Ele e o bebê vão se adaptar muito bem.
  • Seu cão é super sociável, mas muito estabanado:
    Convém deixá-lo há uma certa distância do bebê, ou mesmo deixá-los em contato com algum tipo de barreira entre eles (exemplo uma grade).  O problema aqui não é agressividade!  O problema é que cães estabanados podem muitas vezes ter uma brincadeira bastante bruta para um bebê, ou mesmo uma criança maior.  Se não protegemos a criança de um “carinho mais animado”, a criança pode ficar com medo do cão. Ou seja:  Exige supervisão!
  • Seu cão é educado, sociável, mas nunca teve muito contato com bebês ou crianças:
    tudo é uma questão de fazê-lo começar a ter contato com crianças gradativamente. Comece levando a praças onde tenham muitas crianças.  Nos primeiros dias passeie com ele longe das crianças. Conforme os dias forem passando vá levando ele para passear mais perto das crianças. O objetivo é que ele fique tranqüilo no meio delas. Se você achar que mesmo depois deste treinamento, seu cão fica bem perto delas, mas não gosta de seus assédios, opte pela solução dada no item anterior: manter uma barreira entre eles. Desta forma eles aprenderão a se respeitar.
  • Seu cão costuma ter um comportamento hostil a tudo e todos que ele não conhece: então você pode ter um problema de fato.   Este tipo de cão tem muito mais dificuldade de se adaptar a novas situações, e você terá que ficar muito atento.

    Ao contrário do que muitos leigos pensam, os animais são muito importantes para fortalecer o sistema imunológico dos bebês.
    As pessoas que tentam proteger demais seus filhos de substâncias que podem causar alergia, são as que no futuro mais sofrem com os filhos alérgicos. Afinal, é na fase de bebê que ele cria anticorpos com mais facilidade e se torna imune aos alérginos (substâncias causadoras de alergias).
    Portanto, não confie em leigos que dizem que o bebê não pode ficar perto dos animais, isso só vai aumentar a chance dele ter uma alergia no futuro.

    Fora esse assunto alergias e doenças, vem o que eu considero mais importante: A formação do caráter da criança. Acho que a criança que convive com animais desde cedo aprende a respeitar outros seres, a amar, e isso influi em toda a vida da criança. Facilita suas relações com outras crianças e ensina cuidado, afeto, e muitas vezes a lidar com morte. 


    Post dedicado a Chrys, que me pediu para falar sobre essa relação, e é um complemento do post sobre toxoplasmose.
    Mamães, não abandonem seus animais! Dê a chance dos seus filhos descobrirem desde cedo como é bom ter um bichinho!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sarnas Cutâneas de Cães e Gatos - Pegam nas Pessoas?

Olá, estou fazendo este post especial para a minha amiga Myrian, que sugeriu esse assunto, já que as pessoas têm muito preconceito com cães com sarna que estão na rua. Raramente encostam neles, e quando os cães de casa são acometidos, muitas vezes querem se livrar dos animaizinhos.
Assim como no post de toxoplasmose, na pesquisa que fiz, fiquei bem decepcionada.Vários textos afirmam que a sarna sarcóptica canina pega no ser humano. Mas não explica direito. Deixa a impressão que se alastra pelo corpo todo da pessoa e faz aquele terrorismo que as pessoas adoram fazer em torno das doenças de animais.
Mas, vamos lá: Não vou me prender aos nomes científicos de sarnas, ok?
Nossa primeira inimiga é a Sarna Sarcóptica, a doença causada por ela é chamada de escabiose. Acontece que tem a escabiose canina, a felina e a humana. Não, não é o mesmo bichinho exatamente, são todos "parentes", mas um gosta de pessoas, outro de gatos e o outro de cachorros. Quando um ser humano manipula um cão com escabiose ele pode vir a pegar a doença sim, mas o parasita logo vai notar que "se enganou" e logo morre. Já manipulei muitos cães com escabiose intensa e o máximo que me aconteceu foi aparecer uma lesão inferior a uma picada de mosquito. Nossa, que grave não?!
A sarna sarcóptica, tanto em pessoas como em animais (cada qual com seu bichinho específico, não esqueça) causa muita, mas muuuita coceira, porque a sarna é um ácaro que "cava" galerias na pele a fim de se reproduzir dentro delas. Em animais, ocorre queda de pelo, vermelhidão da pele, presença de secreção.
O diagnóstico é feito através da sintomatologia e o raspado de pele, para diferenciar de outras lesões cutâneas. O tratamento é simples, feito através de banhos ou medicamentos modernos pour-on (que aplicam no dorso).
*IMPORTANTE: A escabiose é extremamente contagiosa entre cães. É válido isolar o animal acometido dos demais.

Outra sarna cutânea que acomete somente os cães é a Sarna Demodécica, a demodicose. Nós humanos temos ela na versão humana (vive em nosso corpo e não interfere em nada na nossa saúde).
Nos cães, em geral, também não.
A demodécica geralmente é transmitida da mãe para o filhote enquanto ela o amamenta, a mãe pode não ter os sintomas mas o filhotinho, se tiver queda de imunidade, pode vir a ter. Pode ser que tenha apenas na vida adulta, e o mais comum, que nunca manifeste. A doença ocorre quando há um desequilíbrio da flora cutânea e a sarna acaba se espalhando. As lesões são mais focadas, ao contrário da escabiose, que se alastra rapidamente. A demodicose costuma aparecer ao redor dos olhos, formando "óculos", ao redor da boca e nas patas (já que o animal geralmente adquire mamando). Mas pode se alastrar pelo corpo todo do animal, deixando a pele grossa por excesso de queratina e outras substâncias. Causa queda de pelo. Nesses casos o diagnóstico se torna mais difícil e se confunde com o da escabiose.
Ao contrário da sarna sarcóptica, a demodécica não causa coceira e NÃO É TRANSMITIDA DE UM CÃO PARA O OUTRO MUITO MENOS PARA O SER HUMANO. Por isso a importância da diferenciação das duas.
Esta sarna é mais grave, apesar de não parecer, já que o tratamento é prolongado e o animal pode ter a doença outras vezes durante a vida, geralmente quando sua imunidade diminui. Fêmeas que já tiveram a doença não devem cruzar.

A sarna de gatos (viram como eu não esqueço dos gatos?) além da escabiose, é a Sarna Notoédrica, altamente contagiosa ENTRE FELINOS (eu disse entre felinos) portanto, é importante isolar o animal acometido dos outros gatos caso tenha mais de um.
Geralmente começam na ponta das orelhas, espalhando pela face, causando intenso prurido (coceira), crostas e espessamento da pele.

Para concluir: Não deixe de acolher um cão de rua porque ele está com lesões de sarna. Se você estiver com nojo por causa das crostas, coloque uma luva e cubra o carro com plástico/panos, mas não deixe o preconceito dominar na hora do resgate de um bichinho. Lembre-se sempre: Seres humanos não são tão irresistíveis assim, a sarna ainda vai preferir o cachorrinho! hehehe

PS.: Isso serve para pulgas e carrapatos. O carrapato vermelho do cão, que é o que vemos mais comumente em cães e não é o carrapato estrela ao contrário do que pensam (o carrapato estrela vive em pastos e é o carrapato do cavalo) ele dificilmente pica outro animal sem ser o cão. Ele não gosta nem de gatos. Então é balela aquela história de que "o gato que passeia no muro de casa passou carrapato para meus cães" ok?
Já a pulga sim, adora o gato. Prefere gatos, mas em cães com alta carga parasitária, encontramos pulgas também.
Espero que a Myrian e os outros leitores gostem do post, sugestões são sempre bem vindas e eu adoro (tentar) derrubar tabus e preconceitos.







(post sem imagens devido a falta de credibilidade das imagens do google.)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Gatos, Gravidez e Toxoplasmose

Sempre que falamos em gravidez e toxoplasmose, os gatos saem como os grandes vilões dessa história, e infelizmente li vários sites de médicos dizendo que mulheres grávidas devem mesmo se livrar dos seus bichanos durante a gravidez. Fiquei muito decepcionada com a ignorância de alguns profissionais, afinal, não é bem assim que as coisas funcionam. Animais não são descartáveis e não podem ser dispensados durante a gestação da proprietária. 

*Só uma ressalva, fugindo um pouco do assunto: Muitas jovens mamães se livram dos seus animais porque pensam que o bebê terá alergias a eles. Quanto antes acontecer o contato com animais, menor a chance da criança ser alérgica, afinal seu sistema imune estará fortificado e preparado, assim  o corpo não verá os pelos como alérgenos (substâncias causadoras de alergia).

Voltando ao assunto: A grande vilã dessa história é a ignorância que cerca a questão e não o convívio com os bichanos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Imunização, casos de toxoplasmose passadas de mãe pra filho são raras, e a principal forma de contaminação da doença se dá através da ingestão de água e alimentos mal lavados. 
É recomendada a precaução, mas não é necessário evitar a presença do gato.
O mesmo é dito pela Fundação Oswaldo Cruz,  um dos mais antigos e renomados centros de pesquisa em infectologia do país. 


Gravidez e Toxoplasmose
A  toxoplasmose é uma doença infecciosa causada por um protozoário chamado Toxoplasma Gondii. Esse protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em mamíferos e aves em todo o mundo. Nos humanos, em mais de 80% dos casos, essa infecção é assintomática, ou seja, não apresenta qualquer sintoma e pode passar despercebida em pessoas com imunidade normal.
Uma vez exposto a toxoplasmose, o ser humano torna-se imune a ela. Dessa forma, mulheres que contraíram toxoplasmose antes de engravidar não têm com o que se preocupar. Dentre os exames realizados durante a primeira consulta rotineira do pré-natal, isso será averiguado. O risco encontra-se em contrair toxoplasmose pela primeira vez durante a gravidez, pois nesse caso, como a mulher não é imune à doença, a infecção pode levar à má formação ou ao aborto do feto. 
É por isso que existe, justificadamente, tanta preocupação em relação a isso. Mas antes de entrar em pânico, entenda como funciona a transmissão da toxoplasmose e veja porque não é preciso se desfazer de seus animais para ter uma gravidez segura e tranqüila mesmo no caso de não ser imune a toxoplasmose.

O Toxoplasma Gondii, para completar seu ciclo de vida, precisa passar por um hospedeiro intermediário, mamíferos e aves em geral, e por um hospedeiro definitivo, o gato. É apenas no intestino dos felinos que ele consegue produzir seus oocistos, forma infecciosa da doença. Por isso, CÃES NÃO TRANSMITEM TOXOPLASMOSE, ao contrário do que alguns profissionais mal informados possam afirmar. 
É por esse motivo que a toxoplasmose ficou conhecida como a "doença do gato", muito embora seja bem pouco provável que os gatos domésticos sejam responsáveis pela transmissão direta da doença na maior parte dos casos, já que menos de 1% de toda a população felina está contaminada. Além disso, mesmo que o gato esteja contaminado, os oocistos excretados nas fezes levam um período que varia entre um e quatro dias, dependendo da temperatura ambiente, para ficarem contagiosos.
Se então, após esse período, houver contato direto com as fezes do animal doente por via oral (levando as mãos à boca sem lavá-las bem, por exemplo), existe a chance de contaminação. Ainda assim, vale lembrar que a excreção de fezes infectadas dura até 14 dias após a primeira exposição do gato ao parasita (ou seja, após ele ter ingerido carne contaminada), mas que após esse período, é improvável que o gato volte a excretar novamente fezes infectadas, pois assim como nós, uma expostos a doença, eles também desenvolvem imunidade a ela.
Os gatos contraem toxoplasmose ao comerem carne crua ou caça (ratos e baratas, por exemplo) que contenham algum dos 3 estágios infectantes deste parasita. Se você possui um gato que já há algum tempo vive exclusivamente dentro de casa e que não se alimenta de carne crua, você NÃO ESTÁ EM RISCO. De fato está provado que manusear carne crua ou trabalhar em jardinagem sem luvas é mais arriscado do que acariciar e manusear seu gatinho de estimação.
A forma mais comum de contágio em humanos se dá através da ingestão de alimentos e água contaminados, principalmente carnes mal passadas e verduras mal lavadas. Acredita-se que em São Paulo , cerca de 80% da população já tenha contraído toxoplasmose dessa maneira. Em cidades onde o consumo de carne é mais alto, como no Rio Grande do Sul, essa porcentagem sobe para 90% da população e, como é de se imaginar, menos da metade dessas pessoas convivem com gatos dentro de casa. 
Portanto, se você eliminar as fezes do gato diariamente da caixa de areia, usar luvas e/ou lavar muito bem as mãos após realizar essa tarefa, não alimentar seu animal com carne crua ou permitir que ele tenha acesso à rua, o risco de contrair toxoplasmose de seu gatinho é ínfimo. 
Abaixo seguem na íntegra as recomendações da Fundação Oswaldo Cruz para prevenção da toxoplasmose:
1) Lave bem as mãos antes de mexer com os alimentos;
2) Não coma carne crua ou mal cozida;
3) Ao mexer com a terra ou caixa de areia lave bem as mãos ou use luvas;
4) Só beba água filtrada ou fervida;
5) Frutas, verduras e legumes crus devem ser bem lavados.
OBS.: A Toxoplasmose tem cura. O fato de apresentar exame positivo para toxoplasmose não significa que você esteja com a doença. Na maioria das vezes, indica a presença de anticorpos.
OBS.: Os gatos domésticos se infectam caçando pequenos animais infectados, como ratos e aves. Desta maneira, os gatos que não vão as ruas para caçar, e que comem apenas ração industrializada NÃO oferecem perigo. Mas, alguns cuidados como limpar sempre a caixa de areia, lavar bem as mãos antes de manusear o alimento e não dar carne crua ou mal cozida para os gatos são medidas importantes.
Exame para toxoplasmose
O CCZ de São Paulo realiza o teste para toxoplasmose em felinos a um preço bastante acessível. Caso reste qualquer dúvida sobre a contaminação de seu gatinho, talvez seja válido testá-lo. Converse com o seu veterinário a esse respeito. 
Fontes: Fiocruz, Arca de Noé, Arca Brasil.