sábado, 28 de maio de 2011

Pit Bulls: A História de um Vilão Inocente



Existe uma crença, divulgada erroneamente de que a raça Pit Bull foi criada e desenvolvida em laboratório, o que na realidade não passa de uma crendice. Pois os cachorros da raça Pit Bull, são descendentes de raças de grande porte, conhecidas como Molossos, que eram preparadas e condicionados, para atuarem nas batalhas das guerras em que participavam os exercitos do Imperio Romano. E após a queda de Roma, os cachorros descendentes destas raças, ficaram concentrados em sua maioria na região da Bretanha, atual Inglaterra.
E séculos depois, seus descendentes, viriam a constituir e formar a raça do antigo Buldogue Inglês, que devido ao seu porte e ferocidade, foram muito utilizados em combates com touros (bull baiting). Porem, como a Corte Inglesa, acabou por proibir este tipo de combate (bull baiting), fato este que veio a ocasionar posteriormente, o inicio da pratica da luta direta entre cachorros, as famosas e populares rinhas. Porem como o Buldogue Inglês, apresentava uma estrutura muito robusta, mas com pouca agilidade, o antigo Buldogue Inglês, já não era o cachorro ideal para este novo tipo de combate.
Devido a isto, os criadores com o proposito de aprimorarem a raça, cruzaram o Buldogue Inglês com os Terriers, com o intuito de lhe dar mais agilidade e rapidez, originando assim o Bull-and-Terrier. Que foi levado posteriormente para os Estados Unidos durante o século 19, onde veio a receber o nome de American Pit Bull Terrier. E durante todo o período em que foram utilizados em combates, ao longo dos anos, a seleção da raça dos Pit Bull, privilegiou sempre cachorros com temperamento agressivo, principalmente com relação aos outros cachorros, visando objetivamente acirrar a sua agressividade durante os combates.
Entretanto, esses mesmos cachorros, que foram treinados e condicionados, para serem extremamentes agressivos com outros cachorros, não o eram com as pessoas, principalmente com seus treinadores e responsáveis, pois mesmo durante o calor de um combate acirradissimo, quando havia necessidade, o próprio juiz, que nem convivia com os Pit Bulls, como o seu treinadores ou donos, apartava os Pit-Bulls durante os combates, com as suas próprias mãos. Ou seja, o Pit Bull é uma raça que realmente tem grande dificuldade e aversão em se relacionar com outros cachorros, porem sua relação para com as pessoas, principalmente com o seu dono e familiares, é bastante harmoniosa e tranquila.
Sendo bem diferente, do que muitas pessoas sem o menor conhecimento, leigas, ignorantes e precipitadas propagam. Pois a chance de haver um acidente com o Pit Bull, principalmente com as pessoas com que ele convive, inclusive crianças, são as mesmas das que qualquer outro cachorro de seu porte, como Dálmatas, Boxers, ou Labradores. Pois o Pit Bull absolutamente, não é este cachorro assassino como se intitula e apregoa, e se observarmos as ocorrências de acidentes envolvendo Pit Bulls, veremos que pelas estatísticas são poucas, quando comparadas com outras raças.
Entretanto como estas raças não tem a má fama, que é atribuida injustamente aos Pit Bulls, os acidentes ocorridos com elas são ignorados, entretanto quando o acidente ocorre com um Pit Bull, logo vira manchete. E quando na verdade, quem faz o cachorro, é o seu proprio responsável, pois nas mãos de um proprietario irresponsável e com índole violenta, inclusive até mesmo um cachorro de uma raça considerada tranquila e inofensiva como um Golden Retrivier, pode se tornar uma fera perigosa. Pois o Pit-Bull, sendo criado, orientado e educado de uma maneira tranquila e equilibrada, e sem se incitar ou se condicionar agressividade ou violência ao mesmo. Com toda certeza, será um otimo companheiro, tranquilo, amigo e fiel, e proporciona-ra muitas alegrias ao seu dono e a seus familiares.
 fonte: aqui

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Seu Animal Vai Ficar Velhinho

Tem coisa mais fofa e especial do que resgatar um lindo filhote, seja de cão ou gato, que estava abandonado, ou mesmo comprar um?
Várias pessoas se vangloriam do momento em que acolheram o bichinho, mas se esquecem de muitas coisas: Que eles dão gasto com alimentação, veterinário, produtos de loja veterinária, se esquecem que eles não sabem quais as nossas regras - principalmente se a gente não os educar - mas isso já é outro assunto.
Supondo que a pessoa supere todos os problemas inciais que supostamente um bichinho causa, ninguém nunca pensa que os anos passam rápido e o animal é considerado velho a partir dos 7,8 anos.
Os anos caninos não se calculam somando cada ano do animal a 7 anos nossos, isso varia do tamanho do cão, os de porte menor vivem mais que os de porte maior, sendo que os pequenos podem chegar até a 18, 20 anos.
Os gatos, sendo caseiros, castrados, bem cuidados, com controle da obesidade, vivem em torno disso também.
Porém, a partir dos 8 anos, que, como disse, o cão e o gato já são considerados velhos (por mais que pareçam muito saudáveis) a rotina deles deve ser mudada, em primeiro lugar, ele deve comer uma ração especial para cães maduros, onde seus ossos, articulações, rins e fígado devem ser preservados com mais carinho.
Os exercícios devem ser diminuídos, de acordo com o ritmo do animal. Se ele quer caminhar 1 quarteirão apenas, respeite e caminhe apenas o que ele quer caminhar, não force (imagina você empurrando seu avozinho ladeira acima porque acha que ele precisa caminhar) deixe o animal viver de acordo com o pique que ele tem.
A parte de doenças da velhice eu vou deixar para outro post. Hoje quero falar apenas da parte "sentimental" da senilidade animal.
Nem todas aquelas pessoas que se deslumbraram com a chegada do filhotinho vão continuar felizes com seu cão/gato idoso e com limitações vindas com a idade. Muitos são abandonados, mesmo que não na rua, em casa. Ele não é mais o orgulho da família, algum novo animalzinho já foi inserido e ele fica apenas ali, esquecido.

Meus animais estão velhos. Tenho 28 anos, adotei meu primeiro gato aos 14, portanto passei metade da minha vida tendo ele comigo. Meus outros gatos não são tão mais jovens que o Lupy.
Minha cachorra é grande e está com 8 anos, e é quem eu noto que está mais baqueada pela idade. Não a vejo mais correndo feliz como antes, vejo apenas sua alegria discreta num abano preguiçoso do rabo.
Ela não corre mais pela casa toda, enlouquecendo a todos com sua agitação típica de labrador.
Hanna já tem a face branca, não tem mais o hálito de filhote, não tem o cheirinho gostoso que sempre teve. As pessoas chegam em casa e logo criticam o cheiro dela, os problemas que foram surgindo com a idade.
Ela ainda é a coisa mais importante e especial que tenho, e sinto um medo as vezes doentio de perdê-la, talvez por saber como veterinária dos riscos que ela corre. Por algum tempo deixei ela de lado, meio que tentando me acostumar com uma ausência que vai ocorrer um dia, não dando devida atenção e o carinho que ela merece.
 Não adianta fazer isso, foi bobagem minha, eu jamais vou estar preparada para perder a Hanna e duvido que qualquer leitor desse blog esteja ou estava preparado para perder qualquer um de seus animais.

Sei que entrei demais na minha história, mas apenas queria deixar a mensagem, cuide do seu animalzinho até o fim da vida dele, aproveite cada momento, cada dia, cada abraço, lambida, cada segundo de amor incondicional que só eles sabem nos dar.

Adotar é um ato de amor, cuidar do seu animal até o fim da vida dele, é obrigação.
Pense em tudo antes de adotar.
Posse responsável, nunca se esqueçam.

Beijos e abraços carinhosos a todos que me mandam comentários e e-mails pedindo conselhos, compartilhando suas histórias (e sempre me fazendo chorar rs) agradeço do fundo do meu coração a credibilidade que vocês depositaram em mim. OBRIGADA!

domingo, 22 de maio de 2011

Assassinato de Animais em Ribeirão Preto

Uma vergonha nacional, minha cidade (Ribeirão Preto) foi destaque em alguns jornais importantes como Jornal Hoje, com uma notícia horrorosa dessas.
Uma sociedade felina, formada em um dos pontos turísticos de Ribeirão Preto - São Paulo, o morro do São Bento, onde ocorre eventos culturais, foi surgindo por culpa de pessoas imprudentes que abandonam seus gatos lá.
Na hora de castrar ninguém quer, mas a hora que a gata está com filhotes, todos são abandonados a propria sorte, e como uma sociedade organizada (a dos gatos obviamente, não a nossa) eles aprenderam a conviver entre eles e em harmonia com os seres humanos que lá passavam, sendo carinhosos com os que os visitavam.
Até esse momento, tínhamos apenas o problema do controle populacional felino, que poderia ser controlado com castrações e fiscalização para que não tivessem novos abandonos.
Acontece que, algum infeliz colocou veneno de rato, mais conhecido como chumbinho, na ração (que era dada por vários simpatizantes dos animais) ou em bolas de carne e forneceu aos animais, levando até onde fiquei sabendo 43 animais a óbito, sendo 1 cão, 3 gambás e 39 gatos.

No dia 15 de maio, fizemos um protesto silencioso, simbolizando uma missa de 7º dia, "7 dias para quem não teve 7 vidas" onde a comoção foi coletiva e as palavras muito bem colocadas pelos representantes das ONG's.

"Na primeira semana de maio de 2011, mais de 40 animais que viviam no morro do São Bento, entre gatos, cães e animais silvestres, foram assassinados por envenenamento.
Parte da responsabilidade disso é da prefeitura que em 2006 acordou com a AVA de colocar vigilância no local, para evitar o abandono desses inocentes pelos donos irresponsáveis, pois o lugar era ponto de referência para isso
Os outros principais responsáveis por essa chacina, são exatamente os donos q abandonaram esses inocentes lá, por não terem castrado seus animais"

"Altar feito em homenagem aos animais mortos"

"Sempre choro quando vejo essa imagem..."


"vamos fazer essa lei funcionar?"


Quero parabenizar as ONG's Cãopaixão, AVA e Murilo Pretinho pela iniciativa, e que depois desse absurdo todo ocorra a fiscalização contra o abandono, campanhas de castração e controle da venda de chumbinho.

Que Deus proteja essas almas que nem puderam se defender de tamanho absurdo e essa morte cruel.

sábado, 14 de maio de 2011

Eutanásia em Cães e Gatos





A eutanásia é permitida por lei e pela ética veterinária, desde que este seja o desejo do proprietário e feita por um médico veterinário.
A maneira correta de ser feita é aplicando uma injeção de anestesia (de preferência uma dose muito alta, para garantir que não haverá dor) algumas vezes o animal morre já na anestesia. Quando não acontece, é feita uma segunda injeção que paralisa o coração.
Mas, isso é apenas a informação técnica, quem costuma ler meus posts sabe que eu não me prendo a textos técnicos, e sim procuro fazer textos para realmente orientar pessoas que amam animais, assim como eu amo.
Bom, eu já fiz eutanásia uma  vez, de uma cadelinha que eu atendi durante alguns meses, mas que tinha câncer na coluna e foi tendo várias complicações. A eutanásia foi uma experiência horrível e eu jurei pra mim mesma que jamais faria de novo, por dinheiro algum.
Isso não significa que eu seja contra, tem casos em que o bichinho sente muita dor, não consegue mais andar, defecar, urinar, comer, beber água, e acho até crueldade e egoísmo deixar o bicho viver nessas condições.

A eutanásia é indicada em que situações? - Quando o animal não tem mais qualidade de vida, está na situação que eu citei acima,
- Quando a doença que ele tem é irreversível, incurável, sem a menor chance de melhora e degenerativa, quando vai ficando cada vez pior e sofrendo mais.

Existem veterinários que sugerem eutanásia sem ao menos tentar um tratamento. Meu conselho é que sempre consulte outros veterinários para ter certeza de que a eutanásia é realmente necessária, sempre faça os exames pedidos para a certeza do diagnóstico. Não seja precipitado.
Por outro lado, não deixe seu bichinho sofrendo, apenas por não querer perdê-lo. Isso é muito mais cruel do que a eutanásia, que é uma morte sem dor.
Não acredite em prazos de vida, animais são seres vivos e nenhum veterinário tem bola de cristal, então não se prenda a "prazos de validade" dado por alguns profissionais. A morte é algo que não podemos prever, apenas conduzir para que ocorra com o mínimo possível de sofrimento.

Claro que precisamos citar os proprietários que querem fazer eutanásia porque o cachorro tem carrapato, porque tem alguma deformidade, alguma coisa simples e curável. Qualquer veterinário ético coloca esse tipo de gente pra correr do consultório.
Eutanásia não é e nunca vai ser brincadeira, adotar um animal não é brincadeira, a partir do momento em que ocorre o comprometimento da adoção, a pessoa deve estar ciente de que deve arcar com custos, com possíveis tratamentos e trabalho para cuidar do seu bicho.
Animal, sendo ele de rua ou não, não é uma roupa velha, que quando a gente cansa, doa pra alguém, abandona, quando fica velho, joga fora.
Animal é vida, e deve receber de volta todo o amor incondicional que eles nos dá.


Obrigada a todos que me mandam e-mails confiando em meus conselhos, aos que sugerem posts e que me dão forças para escreve-los. Esse foi sem dúvidas o mais difícil de sair, enrolei com ele por meses e nunca conseguia sair do primeiro parágrafo. Hoje foi. Espero que gostem. Beijos, Raquel.
raquel.catena@gmail.com