sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Gestantes, Bebês e Animais!

Realmente, a grande vilã da gravidez e os animais ainda é a toxoplasmose, que já falei sobre ela nesse post aqui.
Mas, não custa recordar; segundo o Dr. Luiz Carlos Garcia, a toxoplasmose pode ser uma doença grave em pessoas que não tenham uma resistência natural a ela, principalmente em gestantes, pois, pode levar à contaminação do feto, podendo até causar aborto, má formação e morte fetal. Portanto, uma mulher gestante deve sempre tomar os devidos cuidados para evitar o contagio com essa doença.
Mas quem possui animais de estimação em casa, inclusive gatos, pode ficar sossegado, pois eles não são uma importante fonte de transmissão dessa doença. O contagio da doença pelo contato direto, como tocar e acariciar o animal, é improvável, assim como por meio de mordidas ou arranhões.
Na verdade, as principais vias de contaminação são pela ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes ou a ingestão de carne crua ou mal cozida, contento cistos do parasita.

Em relação a cães, a vacina deve sempre estar em dia e a vermifugação também, tanto no período de gestação quanto na chegada do bebê.
Os cães podem se sentir enciumados com a chegada do bebê, então é importante que o animal conheça aquele ambiente novo (quarto do bebê) e seja apresentado ao "novo filhote".
Detalhes importantes:
  • Cães são animais sociais, que foram feitos para viverem em grupos. Para os cães, os bebês nada mais são do que “filhotes humanos”.  E os filhotes da matilha são sempre acolhidos e protegidos.
  • O bebê quando chega em casa fica dormindo 95% do tempo. Portanto fica em seu quarto, não afetando diretamente a rotina da casa.  Ele quase “não aparece”. Conforme este bebê for crescendo, sua participação na rotina doméstica vai aumentando gradativamente, o que fará com que o cão se acostume facilmente à presença do novo filhote.
    Dá pra ver que não é nenhum bicho de 7 cabeças!  A relação vai se estabelecendo lentamente, gradativamente, mas é fundamental que saibamos avaliar muito bem que tipo de cão temos em casa: 
  • Seu cão foi educado e é super sociável:
    não há o que temer.  Ele e o bebê vão se adaptar muito bem.
  • Seu cão é super sociável, mas muito estabanado:
    Convém deixá-lo há uma certa distância do bebê, ou mesmo deixá-los em contato com algum tipo de barreira entre eles (exemplo uma grade).  O problema aqui não é agressividade!  O problema é que cães estabanados podem muitas vezes ter uma brincadeira bastante bruta para um bebê, ou mesmo uma criança maior.  Se não protegemos a criança de um “carinho mais animado”, a criança pode ficar com medo do cão. Ou seja:  Exige supervisão!
  • Seu cão é educado, sociável, mas nunca teve muito contato com bebês ou crianças:
    tudo é uma questão de fazê-lo começar a ter contato com crianças gradativamente. Comece levando a praças onde tenham muitas crianças.  Nos primeiros dias passeie com ele longe das crianças. Conforme os dias forem passando vá levando ele para passear mais perto das crianças. O objetivo é que ele fique tranqüilo no meio delas. Se você achar que mesmo depois deste treinamento, seu cão fica bem perto delas, mas não gosta de seus assédios, opte pela solução dada no item anterior: manter uma barreira entre eles. Desta forma eles aprenderão a se respeitar.
  • Seu cão costuma ter um comportamento hostil a tudo e todos que ele não conhece: então você pode ter um problema de fato.   Este tipo de cão tem muito mais dificuldade de se adaptar a novas situações, e você terá que ficar muito atento.

    Ao contrário do que muitos leigos pensam, os animais são muito importantes para fortalecer o sistema imunológico dos bebês.
    As pessoas que tentam proteger demais seus filhos de substâncias que podem causar alergia, são as que no futuro mais sofrem com os filhos alérgicos. Afinal, é na fase de bebê que ele cria anticorpos com mais facilidade e se torna imune aos alérginos (substâncias causadoras de alergias).
    Portanto, não confie em leigos que dizem que o bebê não pode ficar perto dos animais, isso só vai aumentar a chance dele ter uma alergia no futuro.

    Fora esse assunto alergias e doenças, vem o que eu considero mais importante: A formação do caráter da criança. Acho que a criança que convive com animais desde cedo aprende a respeitar outros seres, a amar, e isso influi em toda a vida da criança. Facilita suas relações com outras crianças e ensina cuidado, afeto, e muitas vezes a lidar com morte. 


    Post dedicado a Chrys, que me pediu para falar sobre essa relação, e é um complemento do post sobre toxoplasmose.
    Mamães, não abandonem seus animais! Dê a chance dos seus filhos descobrirem desde cedo como é bom ter um bichinho!!

12 comentários:

  1. Aqui em casa o Lê (york ranzinza de aprox. 13 anos) está começando a aturar a presença da Lumi (nene do meu tio, quase 1 ano)...ele só não gosta dos gritinhos agudos! acho que a aproximação demorou mais pq ela não vem aqui com tanta frequencia!
    A Meg (misturinha york/maltês) tem medo da Lumi porque uma vez ela teve um tufo de pelos arrancados. A brincadeira bruta foi do nenê e não do cachorro hehehe
    Mas as duas já estão se entendo melhor, a Meg até deu uma lambida no nariz e outra dentro da orelha da Lumi ontem!
    bjs

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  2. Acho um absurdo o preconceito e a falta de informação que existe a respeito, principalmente com os gatos! Falta informações corretas até mesmo dos obstetras que atendem a essas gestantes. Tá cheio de histórias de gente que abandona seus bichinhos qdo engravida, como se fossem descartáveis! Com o aval e recomendação dos médicos ainda por cima! Triste...
    Bom lindona, adoro e admiro mto seu blog, leio sempre e sigo suas dicas com minha gata, a Mel. Por isso estou te homenageando no meu blog com um selinho! Espero que goste!
    http://garotascomtpm.blogspot.com/

    Bjos!

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  3. Raki, me ajuda! É o seguinte: eu tenho uma gata de mais ou menos um ano, e ela está prenha. Ela sempre morou comigo e a minha mãe num apartamento, mas recentemente tive alguns problemas e me mudei pra casa do meu pai, que é bem grande, tem quintal e tudo o mais. Ela foi junto, e lá, ela ficou prenha (não é um problema, porque eu queria... e o macho era da vizinha, está bem saudável). O problema é que eu voltei pro apartamento, e visto o desespero que ela ficou dentro do carro no dia de ir, fiquei com medo de trazê-la de volta e ela perder os bebês. Mas agora me caiu a ficha que além do problema com sariguês (que devem tentar comer os filhotes, eu acho) tem muitos lugares escondidos e estou com pavor que ela tenha alguma complicação no parto. Preciso trazer ela de volta, mas como posso acalmá-la? Ela realmente ficou muito nervosa no carro, me arranhou um monte e deve ter sido por causa do barulho (é um Fiesta 94 muito ferradinho rs, mas eu posso chamar um taxi.) Chegaram a me recomendar antidepressivo pra humano, mas nunca daria algo assim a minha bebê sem indicação segura de um veterinário. E a gravidez está mais ou menos no 50º dia...
    Muito obrigada, de verdade. Eu sei que o tópico não tem nada a ver, mas por ser o mais recente, achei mais provável que você visse o comentário.

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  4. Ah sim... E adorei o blog, parabéns. Aprendi muita coisa aqui e admiro muito a sua iniciativa. Continue assim!

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  5. Olha, realmente dar uma medicação pra ela não seria o ideal, muito menos anti-depressivo humano...
    tem alguns sedativos animais que nao são tão dificeis de serem comprados, sao em gotas, mas nao sao recomendados mesmo na fase final da gestação.
    o ideal seria vc colocá-la em uma caixa de transporte ou mesmo uma caixa de papelão com furos pra ela respirar, e tentar fazer a mudança mesmo com ela estressada. Não acredito que ela venha a perder os bebês nessa fase da gestação, é realmente muito ruim estressar ela, mas pelo visto vai ser bem melhor que ela dê cria na segurança de um apartamento.
    Não vai ser fácil, mas uma caixa é o melhor meio de transportar gatos assustados com menos risco de fuga/arranhões.
    boa sorte com sua gata, depois me conte se conseguiu!
    Beijinhos...

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  6. Depois que engravidei do meu primeiro filho eu não consegui mais ter bichos em casa.
    Admiro quem tem e consegue lidar com isso. Eu não consegui

    bjinhos

    http://somewhere-in-world.com

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  7. Ahh... Poderia ter escrito no post sobre prenhez de gatas, que tá com menos "movimento"... A Rakk sempre vê todos os comentários... :) Não sei como, mas vê!

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  8. sempre vejo sim, pq deixo eles moderados...justamente pra saber quando e onde comentaram e responder todos!RÁÁ!

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  9. Aliás, coloco eles como moderados, pra autorizar depois. Só pra saber e responder, mas autorizo todos, mesmo aqueles...simpáticos. ¬¬

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  10. E que pena que não consegue mais ter bichos em casa...tá perdendo muito, e seus filhos também.

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  11. Adorei! Estava buscando artigos sobre o tema! Infelizmente ainda existe o preconceito de animais com gestação, bebês em casa e tal.
    Divulguei no http://www.facebook.com/donocaociente
    Estou acompanhando o blog também.
    Muito obrigada!

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